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sábado, 14 de julho de 2012

A Comissão Europeia lançou um novo diálogo sobre Ensino Superior, especialmente dirigido aos países do Mediterrâneo

A Comissão Europeia lançou um novo diálogo sobre Ensino Superior, especialmente dirigido aos países do Mediterrâneo

A 3 de Julho de 2012 a  Comissão Europeia lançou um novo diálogo, sobre políticas e programas especialmente dirigido aos países mediterrânicos.
Esta medida está inserida no “roadmap” para garantir e promover o progresso nestas regiões e com isso, ajudar a reforçar as dinâmicas de democratização decorrentes da “primavera árabe”.
O ministro Cipriota (Presidência do Conselho Europeu de Julho a Dezembro) esteve presente bem como o ministro da Educação Líbio.
No seu discurso, a Comissária para a Educação salientou, mais uma vez, o significado que a Comissão dá à Educação como forma de garantir a democratização e o crescimento das populações.
Para apoiar este esforço, a Comissão reforçou amplamente o financiamento dos programas internacionais, TEMPUS que suporta as acções de modernização (mais 12.5 milhões em 2012 e 201), e ERASMUS MUNDUS com mais 80 milhões para países do Sul e países vizinhos.
O diálogo agora iniciado, lê-se no comunicado, tem como principais objectivos avaliar necessidades futuras, promover a modernização dos sistemas de Ensino Superior e a sua convergência voluntária para o Espaço Europeu de Ensino Superior (EHEA) e Espaço Europeu de Investigação (ERA), bem como melhorar o conhecimento destes países sobre os programas e a ferramentas que a Comissão tem disponíveis para ajudar a fortalecer o Sistema de Ensino Superior, única forma de poderem, esses países, seguir uma via de crescimento e de democracia.
Ao mesmo tempo foram discutidas os novos programas que entrarão em vigor para o período 2014-2020.

A necessidade deste diálogo foi justificada pelo facto de, em conversações anteriores, se terem identificado algumas deficiências tais como:
·                    Falta de professores, consequentemente dificuldades em aumentar o número de estudantes ou seja, impossibilidade de universalizar o acesso a Educação.
·                    Dificuldades do corpo docente em se actualizar e desenvolver.
·                    Falta de ligação entre os programas oferecidos e as necessidades reais do país.
·                    Falta de financiamento.
Apesar de a Comissão ter financiado entre 2002 e 2011 inúmeras Instituições e acções, por via do programa TEMPUS, e ter atribuído inúmeras bolsas de doutoramento e de pós-doutoramento, ao abrigo do programa ERASMUS MUNDUS, essas acções vão agora ser ainda mais reforçadas.

A Universidade de Évora tem ensaiado alguns passos, uns mais tímidos outros menos, nesta cooperação. Temos, aliás, alguns casos de sucesso, temos uma posição geográfica facilitada, temos alguma experiência acumulada.

Ou seja: estamos, à partida, muito bem posicionados para nos mexermos:
Dou um exemplo:
·                    Há, nestes países,  falta de professores a todos os níveis?
Pois nós temos experiência em formação de professores e temos corpo docente qualificado para o fazer.

·                   Há falta de qualificação dos Professores do Ensino Superior?
O que mais temos na UE é cursos de Mestrado e Doutoramento capazes de albergar mais estudentes, e mais docentes que precisem de qualificaÇão.

·                    Precisam de exemplos de “boas práticas”?
Temos uns Serviços Académicos muito bem informatizados e um Serviço de Informática excelente.

·                    O Mundo tem necessidade de utilizar racionalmente a energia!
Estes países têm sol como nós e nós temos um curso de energias renováveis único e uma “cátedra em energia renováveis”.

Estes são apenas alguns dos exemplos; muitos outros podem ser identificados, estou certa:

Mas a questão é:
Onde estamos nós, Portugal e nós UÉ , em relação a estas acções?
Qual a estratégia que vamos definir JÁ HOJE?
…vale a pena pensar nisto!

No nosso plano estratégico (PE), que não temos, esta seria uma das acções a propor: “reforçar a ligação aos países abrangidos por estes reforços de financiamento”

Não basta querer aumentar a Internacionalização, é preciso dizer COMO!
Aqui têm um como!
Vamos a isto!?

Para mais informação, consultem:
Erasmus Mundus